E se, de repente, 100.000 oliveiras desaparecessem?
Seriam libertadas para a atmosfera mais de 300 mil toneladas de CO₂, o equivalente a centenas de anos da vida de uma oliveira, que desaparecem levando consigo não só o carbono armazenado, mas também a sua memória e tradição. (i-Tree Tools)
No Dia Mundial do Ambiente de 2023, nasceu o projeto Apadrinhaumaoliveira.org, com o apoio da Endesa e em parceria com o projeto espanhol Apadrinaunolivo.org.

A iniciativa tem como objetivo principal a recuperação das oliveiras centenárias abandonadas, devolvendo vida ao território rural e criando impacto ambiental, social e económico.
Recuperar oliveiras é travar a crise climática
Ao contrário de uma árvore recém-plantada, que só começa a captar carbono de forma significativa ao fim de 10 a 15 anos, as oliveiras centenárias já acumularam milhares de quilos de CO₂ ao longo da sua longa vida.

Se morrerem, todo esse carbono é libertado e não temos tempo para o recuperar.
É preciso agir agora!
Os olivais tradicionais são paisagens vivas, onde aves, insetos e plantas nativas encontram abrigo. A sua recuperação protege a biodiversidade, estabiliza os solos e mantém um equilíbrio ecológico essencial.
A preservação de cada oliveira é uma forma concreta de combater a crise climática e preservar a biodiversidade.


Manutenção dos olivais na prevenção de incêndios
Mas o impacto não é apenas climático. A recuperação dos olivais tem também um papel fundamental na defesa do território contra incêndios rurais.
Um terreno cuidado reduz significativamente o risco de propagação do fogo, funcionando como zona de contenção entre áreas florestais e zonas habitadas.


👆 Exemplo do trabalho de desmatação feito num dos nossos olivais
Em 2024, mais de 100.000 hectares arderam em Portugal (dados do ICNF).
A recuperação de terrenos agrícolas é, por isso, uma medida de prevenção urgente!
Uma ação simples. Um impacto duradouro.
Este projeto nasceu com o apoio da Endesa, no âmbito do seu Plano de Transição Justa, após o encerramento da central do Pego. Esse impulso inicial permitiu começar a recuperar os primeiros olivais e criar emprego local.
Hoje, continuamos com o apoio de centenas de pessoas e empresas que acreditam que preservar o que temos é tão urgente como plantar de novo.
Outras empresas têm vindo a juntar-se à missão, apadrinhando olivais, promovendo ações de voluntariado e reforçando os seus compromissos ESG com ações concretas, que contribuem para a biodiversidade, para a criação de emprego local e para o combate às alterações climáticas.
Ao apoiar também reforçam os seus compromissos ambientais e sociais com ações concretas e com impacto, contribuindo diretamente para a preservação da biodiversidade, combate às alterações climáticas e criação de postos de trabalho.
Neste Dia Mundial do Ambiente, renovamos o apelo: apadrinhe uma oliveira.
Dois anos depois, o impacto é visível: já foram recuperadas mais de 4.000 oliveiras, regenerando 65 hectares de terreno e apoiando 27 proprietários locais.
O projeto criou 7 postos de trabalho a tempo inteiro, incluindo 5 ex-trabalhadores da central térmica do Pego, e mobiliza hoje uma comunidade crescente de padrinhos, madrinhas e empresas parceiras.
Neste Dia Mundial do Ambiente, renovamos o apelo: apadrinhar uma oliveira é um gesto simples, mas com impacto profundo.
Com um donativo anual de 35€ ou 60€, qualquer pessoa ou empresa pode apadrinhar uma oliveira abandonada, batizá-la, visitá-la sempre que quiser e, todos os anos, receber como agradecimento azeite virgem extra produzido a partir das oliveiras recuperadas.